A indústria nacional de biodiesel parece estar desacelerando. No mês de junho, as usinas brasileiras colocaram um pouco mais de 751,5 milhares de metros cúbicos à disposição do mercado. Este é um volume cerca de 2,8% abaixo do que foi registrado no mês anterior. É o contrário do que deveria acontecer.

Na média dos últimos cinco anos, a produção de biodiesel apresentou um primeiro pico em março e, depois disso, entrou numa rota ascendente até chegar ao teto do ciclo anual em agosto.

Dessa vez, contudo, a produção está numa descendente. Em junho de 2025, a produção de biodiesel continua 4,6% abaixo do pico de março — um comportamento bem distante da média dos cinco anos anteriores, quando a produção de junho já havia voltado aos níveis de março.

Nos últimos cinco anos, o único precedente de uma queda nesse período aconteceu em 2021. Em abril daquele ano, o mandato de biodiesel foi reduzido de 13% para 10% por ordem do governo Bolsonaro, que tentava segurar uma alta nos combustíveis.